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Com a venda de metade da Cemig, consumidor é que vai pagar a conta

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A venda das quatro usinas da Cemig realizada nessa quarta-feira, 27, rendeu ao governo golpista de Michel Temer a arrecadação de R$ 12,13 bilhões. São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande correspondem a 50% da energia gerada pela empresa e quem irá pagar a conta pela entrega das usinas ao capital internacional são os consumidores. Isso por que o preço da energia deve triplicar. Atualmente o preço do megawatt-hora gira entre R$ 30 e R$ 40, com o leilão, a remuneração pode chegar a R$ 140. Desde quando foi anunciado o desejo do governo Temer de vender as usinas, o deputado federal Padre João participou de várias audiências e debates sobre o tema, se posicionando contra o leilão.

 

Para o parlamentar, a venda só foi possível por conta de uma ação desastrosa do governo tucano em Minas Gerais. “Com o intuito de boicotar o governo da presidenta Dilma Rousseff, o então governador Antônio Anastasia não renovou a concessão da Cemig. A intenção era boicotar a Lei criada pela presidenta para reduzir as tarifas de energia. O 27 de setembro deste ano fica marcado como um dia de golpe contra os mineiros. A venda da metade da Cemig trará consequências gravíssimas para o povo e abre precedentes para a perda da soberania nacional”, disse Padre João.

 

O maior negócio no certame de ontem foi a venda por R$ 7,18 bilhões da usina de São Simão para a empresa Pacific Hydro, do grupo chinês SPIC. Pela usina de Jaguara, com mínimo de R$ 1,92 bilhão, a francesa Engie Brasil ofereceu R$ 2,17 bilhões. A mesma empresa arrematou a hidrelétrica de Miranda por R$ 1,38 bilhão. Por sua vez, a italiana Enel Brasil levou a usina de Volta Grande ao preço de R$ 1,42 bilhão.

 

“Essa é mais uma iniciativa deste governo em entregar o patrimônio do povo ao capital internacional. É um absurdo! Mesmo diante de todo o esforço da direção da empresa, do governo de Minas, dos movimentos sociais e sindicais para a renovação da concessão, não houve sensibilidade por parte do governo Temer para que a Cemig continuasse a serviço do povo mineiro. Importante ressaltar que o governo Federal está devendo o Estado. Não houve repasse da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) e outros recursos devidos”, finalizou Padre João.

 

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