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Mandato do deputado federal Padre João realiza XVI Assembleia Geral

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“Por uma sociedade justa e humana: participar, organizar e lutar para avançar”. Esse foi o tema da XVI Assembleia Geral realizada pelo mandato do deputado federal Padre João no último fim de semana (10 a 12), em Sarzedo, região metropolitana de Belo Horizonte. Mais de 300 pessoas participaram do evento, entre elas lideranças comunitárias, sindicais, deputados, vereadores, prefeitos, secetários e representantes de movimentos sociais de várias regiões do estado.

 

Na sexta-feira, 10, foi realizada acolhida aos participantes e credenciamento. Na manhã de sábado, 11, na abertura da Assembleia, após o momento de mística, foi feita análise da conjuntura política nacional e estadual, com a participação dos deputados estaduais André Quintão e Dr. Jean Freire; a presidente da CUT/MG, Beatriz Cerqueira; o padre da Arquidiocese de Mariana, Antônio Maria Claret; Leleco Pimentel, conselheiro do Ministério das Cidades; e o deputado federal Padre João.

 

Na abertura, Padre João ressaltou que a construção coletiva é uma marca de sua atuação política. “Minha saudação é de gratidão pela participação de todos vocês. Essa participação expressa esperança, consciência de cidadania, sobretudo diante do que está acontecendo em nosso país. Precisamos superar porque é com a política que nós vamos transformar a sociedade. Jamais podemos nos render ao comodismo. Dizer que a política é suja e por isso estou fora. Esse mandato é coletivo e participativo por causa da dedicação de vocês, que vieram de longe para trabalhar e dar sua contribuição. Todos que aqui estão, não estão por si mesmos, mas representam um coletivo, uma associação, um movimento, um sindicato, uma pastoral. Cada um tem uma importância muito grande nesta assembleia”, disse.

 

Para iluminar as reflexões da plenária, padre Claret contou uma parábola fazendo uma metáfora sobre o atual momento político do país e como os corruptos prejudicam as instituições e a sociedade. Para tanto, utilizou as características de três animais: uma ave de rapina, um gato e um rato. “A ave de rapina é onipresente, vê de tudo. O gato tem hábito noturno e mansidão incomum. Os gatunos são muito ligados uns aos outros, fazem o milagre às avessas. É o capitalismo produtivo. O terceiro bicho é o rato. Eles têm uma característica bem especial: gostam de roer papel moeda e nota fria. O rato pratica a politicagem. Há ratos em todos os lugares, escondidos até em pequenas comunidades, em grandes e pequenas obras”, contou.

 

“Mesmo diante desse cenário, nós podemos nos organizar, nos unir, participar e lutar para avançar, mesmo diante de uma realidade de conflito constante. Há um antídoto que consegue barrar a ave de rapina, o gato e o rato: a emancipação do povo, a consciência de cidadania e soberania. Que possamos estar juntos nessa luta e que não seja necessária mais nenhuma carta aos brasileiros e sim, que possamos fazer dos brasileiros e brasileiras uma carta para o Brasil”, finalizou padre Claret.

 

Enfrentamento ao golpe

A presidente da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, destacou que o golpe que destituiu a presidente Dilma Rousseff do poder, não foi contra o Partido dos Trabalhadores, e sim contra o povo brasileiro. “O momento que vivemos é muito grave. Nós não estamos em um estado democrático de direito. Estamos diante de uma ruptura e nossa militância precisa estar atenta a isso. Os golpistas estão sucateando as condições de trabalho, os direitos, a entrada no mercado de trabalho, na universidade, nos institutos federais e vão privatizar tudo, inclusive o SUS. Estamos enfrentando um golpe que vem com o judiciário, com a mídia, com o legislativo articulado com os demais poderes. O golpe não foi contra o PT, contra Lula e Dilma. Foi contra o povo brasileiro”.

 

Já Leleco Pimentel, ponderou que em 2018, o PT precisa ser coerente ao fazer as alianças. “Quem aqui é a favor de uma aliança do Partido dos Trabalhadores com o PMDB?”. Ninguém levantou a mão. “Quem é contra?”. Todos levantaram. “Esperamos que a nossa voz seja ouvida e vamos juntos gritar Fora Temer”.

 

O deputado estadual André Quintão afirmou que as políticas do governo golpista de Michel Temer têm aprofundado o cenário de vulnerabilidade social e que é preciso defender as conquistas do PT. “O Brasil volta ao Mapa da Fome e aumenta o número de brasileiros vivendo em condições abaixo da linha da pobreza. O legado do PT não é a corrupção. É a luta pela democratização e pelas conquistas sociais. É esse legado que temos que defender. Para isso precisamos melhorar a organização do partido, a conexão com os movimentos sociais e discutir um programa. Nós vamos virar esse jogo”.

 

Sobre a conjuntura estadual, o deputado Dr. Jean Freire criticou o governo tucano que esteve à frente do estado antes do governador Fernando Pimentel assumir. “Pegamos um estado achando que estávamos com a faca e o queijo na mão porque a presidenta Dilma é PT, governo estadual do PT e nós, deputados, também do mesmo partido. Aí descobrimos que o queijo eles comemoram. Tínhamos mal mal a faca na mão e não sabíamos o fazer com ela”, disse.

 

Padre João finalizou que não há perdão para os golpistas que estão saqueando o Brasil e retirando direitos à revelia. “Lula é uma grande liderança, mas disse uma frase na Praça da Estação que eu não posso concordar. Ele disse que perdoa os golpistas. Para mim o golpe é imperdoável e não compete a ele perdoar os golpistas, pois o golpe não foi contra o Lula, Dilma ou contra o PT. O golpe foi contra os trabalhadores e trabalhadoras desse país, finalizou o deputado federal”.

 

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