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Campanha da Fraternidade 2018 vai debater superação da violência

Começa a ser debatida em todo o Brasil no próximo dia 14 a Campanha da Fraternidade 2018. Desde 1964, a Igreja Católica, através da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), coloca no período da Quaresma um tema para que os fiéis e toda sociedade possam refletir e atuar. Essa é a 55ª campanha e traz como tema “Fraternidade e superação da Violência” e lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8).

 

A igreja adota o método ver, julgar e agir. O ver está latente todo dia, toda hora. A população sente na pele o terror da violência que vem aumentado a cada dia. As pessoas estão ficando acuadas, com medo. Nem mesmo dentro das casas não se sentem mais seguras e em paz. Pessoas são atingidas por “balas perdidas” até mesmo dentro de casa. Em muitas cidades do país transitar pelas ruas se tornou perigoso, até mesmo durante o dia. O que antes era comum nas cidades grandes, se tornou rotina também nas cidades pequenas do interior. E a situação se repete também nas áreas rurais.

 

Segundo estudiosos, cerca de 60 mil pessoas são assinadas por ano no Brasil. E este número vem crescendo, infelizmente. A maioria das vítimas é composta por: pobres, negros, mulheres, jovens e moradores da periferia. Qual seria a causa de tanta violência? Nosso país é um dos mais desiguais do mundo. A desigualdade social é um fator preponderante na geração da violência. A falta de políticas públicas de inclusão, de educação e de oportunidades para todos cria ambiente favorável para escalada da violência. O estado é falho e armar a população para solucionar o problema geraria o caos. Os métodos violentos, punitivos, adotados no aparato do estado como sede de vingança e de controle, seriam geradoras de mais violência.

 

É preciso refletir e mudar nossa cultura e isso é um processo que não acontece da noite para o dia. Envolvem processos, educação, cidadania com participação de toda sociedade, das famílias, dos governos, da política, das comunidades, das igrejas. Sem democracia robusta e participativa não se constrói uma sociedade de paz.

 

“A CNBB está de parabéns por pautar a necessidade de superação da violência na Campanha da Fraternidade. Só com diálogo, participação, igualdade e inclusão social poderemos mudar este quadro estarrecedor de violência no Brasil. Não adianta só aumentar e número de policiais e viaturas. Segurança e paz são frutos de várias outras ações. Precisamos criar uma cultura de paz, de valores, de honestidade, de partilha. O egoísmo e a concentração de riquezas aguçam a violência. ‘Vós sois todos irmãos’, diz São Mateus em seu Evangelho. Chega de violência, mortes, de conflitos, guerras”, finalizou Padre João.

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