O deputado federal Padre João participou de audiência, em Congonhas, em 11/02/19, com o Ministério Público, na pessoa do Dr. Vinícius Alcântara Galvão para debater a situação da barragem de rejeito de minério da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN, uma das maiores do mundo em área urbana, que se romper, pode destruir parte da cidade e várias comunidades ribeirinhas.
Além do Promotor de Justiça, estiveram presentes lideres sindicais, representantes Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, vereadores, deputados federais e estaduais e representantes da comunidade. A população vive atormentada com o risco de rompimento, sobretudo depois do que aconteceu em Mariana e, recentemente, em Brumadinho.
Depois da reunião com Ministério Público, Padre João se reuniu com centenas de moradores para esclarecer os pontos discutidos. O parlamentar se comprometeu em realizar uma audiência pública da Câmara Federal em Congonhas para tratar do assunto com toda população, para evitar que mais tragédias aconteçam.
Segundo Padre João, os moradores vivem com medo, não dormem mais à noite e alguns já estão com depressão. Outros mudaram de local com medo de rompimento e estão pagando aluguel, mesmo sem ter condições. “Isto não pode ficar assim. A empresa tem que fazer o descomissionamento da barragem para zerar o risco de rompimento. Enquanto isto não ocorre, ela deve arcar com todos os custos para tranquilidade e saúde da população,” afirmou Padre João.
Congonhas é afetada por 24 barragens. A CSN tem 13, a Vale e a Gerdau, cinco cada uma, e a Ferrous, tem uma. Deste total, 13 estão classificadas como de alto potencial de dano, isto significa capacidade de destruição ambiental, social e econômica.
A barragem da Mina Casa de Pedra tem capacidade de armazenamento cinco vezes maior do que a de Brumadinho.