O deputado Federal Padre João (PT) entrou com um requerimento na Procuradoria Geral da República pedindo a intervenção na gestão da Vale S.A. Além do pedido, o parlamentar solicitou a procuradora geral, Raquel Dodge, para que seja feita a realização de uma ação de investigação de riscos que envolvam as atividades minerárias da empresa, em especial na Barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco, no Município de Barão de Cocais e na Barragem de Itabiruçu, em Itabira, que apresentam riscos para a população.
Segundo Padre João “é preciso uma ação concreta para fiscalizar ações de intimidação a moradores e trabalhadores de Brumadinho e a utilização da mídia para difundir informações favoráveis a empresa e a sonegação da verdade dos fatos”, afirma o parlamentar, referindo-se a denúncias de que a Vale intimida moradores, funcionários e lideranças para que não prestem esclarecimentos nas investigações sobre o crime em Brumadinho e retém informações importantes para a população.
“A Vale utiliza-se da mídia para esconder a real situação das vítimas. Gasta fortuna investindo na invisibilidade, aplicando a máxima: “o que não é visto, não existe”. Pedimos ainda apuração sobre a situação da Barragem da Vale em Barão de Cocais e também da barragem da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN, em Congonhas. A nossa luta também é para que haja soluções sobre o crime da Vale/BHP/Samarco em Mariana, que até hoje não teve nenhuma punição, mesmo depois de três anos”.
Crime da Samarco em Mariana continua impune:
Passados mais de três anos do crime da Samarco (Vale/BHP Billiton), com o rompimento da Barragem de Fundão em Bento Rodrigues – Mariana, a Vale continua a descumprir o dever de reparação integral, se recusa a pagar as justas indenizações às famílias atingidas, as multas ambientais e os débitos da CFEM com o Município, fato que agrava a urgência em pedir intervenção na empresa Vale S.A.