O deputado federal Padre João defende a causa feminina, pois considera que a democracia e a qualidade de vida passam pela igualdade de direitos entre homens e mulheres em todos os âmbitos da sociedade. “As possibilidades são inúmeras”, afirma Padre João, “mas a exclusão e a desigualdade concentram direitos, excluem e valorizam uns mais do que outros. Precisamos mudar esse paradigma perverso para que todos e todas tenham os mesmos direitos.”
 
Dia Internacional da Mulher
No último dia oito de Março, dia Internacional da Mulher, o mandato do deputado federal Padre João participou de diversos atos realizados em Minas Gerais para debater sobre a luta das mulheres, muitas vezes vítimas de abusos dentro e fora de seus lares, além de sofrerem preconceitos e diversas formas de torturas. Durante todo o dia ocorreram diversas atividades, como: audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), debates com entidades e movimentos na Praça Sete de Setembro, centro da capital mineira e para encerrar o dia, uma manifestação foi convocada e mulheres e homens unidos saíram às ruas do centro de BH para lutarem por direitos e por justiça.
 
Entre as palavras de ordem estavam a luta contra o machismo, contra toda forma de opressão, contra o fascismo e manifestações em favor das vítimas da mineradora Vale em seus crimes ocorridos em Brumadinho, no último dia 25 de janeiro e em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, em novembro 2015.
 
Violência contra a mulher: dados são assustadores!
Infelizmente o Brasil ainda deixa impune a maioria dos casos de violência contra a mulher. A justiça em nosso país é lenta para julgar os diversos casos que surgem diariamente. Segundo dados apresentados pela revista Carta Capital: “uma em cada 100 mulheres no Brasil denunciaram casos de violência doméstica nos últimos anos, mas apenas 5% dessas denúncias tiveram algum andamento”. A sensação de impunidade, muitas das vezes, deixam as vítimas desamparadas, sem a perspectiva de procurar as autoridades e de denunciar seu agressores.
 
Somente em 2017, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram registrados 61.032 casos de estupros, com um crescimento de 10,1% em relação ao ano anterior. Feminicídios foram registrados 1.133 casos e 221.238 novos registros baseados na Lei Maria da Penha foram feitos (em média 606 novos casos por dia). A Justiça também registrou 4.539 homicídios onde as vítimas foram mulheres, com um crescimento de 6,1% em relação a 2016.
 
Ficamos ainda mais preocupados quando vemos que o governo Bolsonaro pouco se importa com a defesa das mulheres em nosso país. Seguindo o que começou o governo golpista de Michel Temer, que além de ter reduzido investimentos em diversas áreas como Saúde e Educação, atingindo ainda mais os trabalhadores e a população mais pobre do nosso país, conseguiu acabar com políticas públicas de combate à violência contra a mulher.
 
Além disso, Temer retirou recursos para o Disque Denúncia – 180 – que era a garantia para que muitas mulheres em cidades sem a Delegacia da Mulher tivessem um atendimento digno, adequado e com as devidas orientações.
 
Jair Bolsonaro, que já proferiu palavras ofensivas contra as mulheres e ainda mencionou que sua única filha mulher foi concebida por uma “fraquejada”, ao escolher seus ministros e representantes deixa claro que a mulher em seu governo tem pouco ou quase nenhum espaço. O governo não pretende mobilizar a sociedade brasileira em prol da luta das mulheres e seus apoiadores posicionam-se sempre contra o feminismo e contra as minorias políticas.
 
LEMBRE-SE: NENHUMA MULHER GOSTA DE APANHAR!
A cultura machista, enraizada em nossa sociedade, sempre culpabiliza as mulheres vítimas de violência, sempre com desculpas por elas serem mulheres ou por seus atos e vestuários, mas o importante é sempre nos colocarmos no lugar do outro, exercendo valores éticos e cristãos. A culpa nunca é da vítima, mesmo quando ela não denuncia o seu algoz. Existem mulheres que são humilhadas demais para fazer uma denúncia, às vezes elas estão tão machucadas que não conseguem ter uma reação e por isso é importante que alguém faça isso por ela.
 
Ainda precisamos caminhar para a construção de políticas públicas que eduquem a sociedade e conscientizem as pessoas sobre a importância do respeito mútuo, independente de cor, raça, credo ou gênero e pela importância da vida digna e de qualidade. O nosso mandato está na luta pela defesa da vida e da dignidade humana.