No dia 25 de janeiro deste ano, a Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale S/A, na cidade de Brumadinho, rompeu-se, desencadeando uma avalanche de lama, atingindo trabalhadores da empresa, parte da população civil e causando impactos ambientais até hoje não mensuráveis, tamanha a destruição. Infelizmente, o mar de lama não causou apenas prejuízos financeiros, mas custou a vida de centenas de pessoas.
Até o fechamento desta matéria, segundo informações oficiais da Defesa Civil do Estado de Minas Gerais, foram identificados 236 corpos de vítimas, 34 pessoas continuam desaparecidas em meio à área atingida pela lama e há uma lista com 395 nomes de pessoas que felizmente foram localizadas após o rompimento da barragem, que completou três meses no último dia 25 de abril.
Após a tragédia que chocou os mineiros e todo o Brasil, a Câmara dos Deputados, os parlamentares da bancada mineira mobilizaram-se para investigar o crime e foi criada a Comissão Externa para acompanhar os desdobramentos do rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG).
Outro ponto importante para o caso de Brumadinho é o lançamento Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), destinada a investigar as causas do rompimento da Mina. Na última segunda-feira, dia 13 de maio, a CPIBRUMA, realizou uma Audiência Pública no município com a presença do prefeito, Alvimar de Melo Barcelos, autoridades locais e membros da sociedade civil, das organizações e movimentos, como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM).
O deputado federal Padre João é membro titular da CPI e desde o início do seu mandato trabalha para garantir os direitos dos atingidos por Barragens e pela Mineração. O parlamentar esteve em Brumadinho e cobrou soluções da Vale para resolver a situação daquelas pessoas que sofrem, além de apontar questões como a saúde da população e a contaminação das águas, que se alastraram por rios tão importantes como o Paraopeba e o Velho Chico (rio da Integração Nacional). Padre João ainda apelou para que o Ministério Público tome soluções mais ágeis, principalmente para que isso não se repita.
Segundo Padre João: “a lama da Vale destruiu Brumadinho, matou aproximadamente 300 pessoas, destruiu o Rio Paraopeba e o rastro de morte avança, também, sobre o Rio São Francisco. A água está contaminada com metais pesados, como: ferro, manganês, cromo e cobre, além de grande turbidez”, finaliza o parlamentar.