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Província Eclesiástica de Mariana realiza 4ª Romaria das Águas e da Terra em Itabira

Este ano ocorreu em Itabira a 4ª Romaria das Águas e da Terra, no último domingo, dia 02/06. A Romaria é uma iniciativa da Província Eclesiástica de Mariana que compreende as Dioceses de Itabira/Coronel Fabriciano, Governador Valadares e Caratinga. Além da Província, participam também as Dioceses da Bacia do Rio Doce, como Guanhães e Colatina (ES)que foram atingidas pela lama da Samarco/Vale e BHP Billiton com o crime do rompimento da Barragem do Fundão em Mariana em novembro de 2015.

 

O tema da Romaria é sempre o mesmo: “Bacia do Rio Doce, Nossa Casa Comum”, e tem como referência a Encíclica do Papa Francisco, “Laudato Si” sobre a preservação do meio ambiente.

 

O deputado federal Padre João esteve presente em todas as edições da Romaria. Ele conhece de perto o drama das famílias que foram vítimas do crime que destruiu Bento Rodrigues e atingiu Paracatu de Baixo, Acaiaca, Barra Longa, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado e todas as comunidades ao longo da Bacia do Rio Doce.

 

Por meio da Comissão de Direitos Humanos e Membro da Comissão Externa de Barragens realizou várias Audiências Públicas, fez Visitas Técnicas e reuniões como diversos órgãos do governo e da Justiça para pedir providências para as famílias que perderam seus entes queridos e tiveram enormes prejuízos e econômicos e enfrentam problemas de saúde físicos e psicológicos por causa do crime da Samarco.

 

“Estamos somando força na Romaria das Águas e da Terra, para denunciar o crime e pedir respeito às vítimas. Até hoje a Nova Bento Rodrigues não foi construída. E nenhuma família foi reassentada em Paracatu de Baixo, no município de Mariana, e também em Gesteira, no município de Barra Longa. Tem pescadores e garimpeiros que ainda não foram reconhecidos como atingidos e estão passando por dificuldades. O rio não tem mais peixe e a água está contaminada. São muitos problemas que precisam ser resolvidos. Além de tudo isto, até hoje ninguém foi julgado e punido pelo crime. Um absurdo. Isto não pode ficar assim. Vamos continuar lutando pela reparação dos danos às famílias e ao meio ambiente e cobrando justiça,” afirma Padre João.

 

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