Padre João pronunciou discursou na tribuna da Câmara dos Deputados em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado esta semana. O deputado lembrou que este ano o tema em destaque é a poluição do ar, segundo ele “uma questão crítica tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana”. Padre João citou informação que recebeu da ONU mostrando que 90% das pessoas em todo o mundo respiram ar poluído, o que resulta em sete milhões de mortes prematuras por ano.
O parlamentar mineiro lembrou que, ao contrário do que muita gente pensa, a ameaça silenciosa da poluição não é causada apenas pela fumaça de carros e fábricas, mas também pelas pulverizações de venenos pelo agronegócio. “O Congresso Nacional precisa colocar um freio, impor restrições legislativas ao livre uso dos agrotóxicos, principalmente à criminosa pulverização aérea de pesticidas”, disse. Segundo o deputado, a pulverização aérea potencializa a contaminação da água, da terra, dos animais e das pessoas porque, mesmo em dias sem vento, 32% do veneno jogado de avião fica retido na planta; 49% escorre para a terra e 19% são levados pelo ar para um raio de até 32 quilômetros da área alvo da pulverização.
Padre João ainda falou da empresa Vale do Rio Doce, maior empresa de mineração em Minas Gerais e no Brasil que, após ser privatizada, adotou um modelo de mineração “predatório e antidemocrático que redundou no rompimento das barragens Mina do Feijão, em Brumadinho, e do Fundão, em Mariana”. “As vidas ceifadas, e o meio ambiente destruído e contaminado são o resultado desta lógica rentista e financeira que pauta os interesses de seus acionistas e do mercado de capitais”, concluiu.