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DEMOCRACIA RACIAL NO BRASIL É UM MITO E A VIOLÊNCIA CONTRA NEGRAS E NEGROS SEGUE EXTREMA!

 

O Dia da Consciência Negra é um dia que nos chama para a reflexão da sociedade sobre a vida e dignidade de pessoas negras no Brasil. Infelizmente, a democracia racial brasileira é um mito que foi difundido em nossa história. Nunca houve democracia racial no Brasil. Negros sofrem diariamente até hoje (2019) extremo preconceito e extrema violência.

 

Esta violência contra os negros vem acontecendo desde que o primeiro navio chegou em terras brasileiras, carregado de seres humanos sequestrados de suas terras, de suas origens e de suas famílias; da sua cultura, do seu continente. Aqui, estas pessoas foram obrigadas a realizar trabalho forçado e submetidas à condição de escravos de senhores.

 

Os resultados dessa página infeliz da nossa história são vistos e sentidos claramente, dia após dia, por mais de 54% da população que se autodeclara negra ou parda. A Lei Áurea jamais libertou os negros, pois não os introduziu em plenitude e com cidadania na sociedade brasileira.

 

Os dados não mentem:

Organização das Nações Unidas (ONU)

“A cada 23 minutos, um jovem negro, na faixa etária de 15 a 29 anos, é assassinado no Brasil”.

 

ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública

– “De cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras”.

 

Atlas da Violência em 2017

– “A população negra corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios”.

Atlas da Violência em 2019:

– “No Atlas da Violência 2019, verificamos a continuidade do processo de aprofundamento da desigualdade racial nos indicadores de violência letal no Brasil, já apontado em outras edições.”

– “Em 2017, 75,5% das vítimas de homicídios foram indivíduos negros (definidos aqui como a soma de indivíduos pretos ou pardos, segundo a classificação do IBGE, utilizada também pelo SIM), sendo que a taxa de homicídios por 100 mil negros foi de 43,1, ao passo que a taxa de não negros (brancos, amarelos e indígenas) foi de 16,0. Ou seja, proporcionalmente às respectivas populações, para cada indivíduo não negro que sofreu homicídio em 2017, aproximadamente, 2,7 negros foram mortos.”

Segundo dados do IBGE:

– “Homicídios entre jovens negros são quase três vezes maiores do que brancos e chegam a 185 por 100 mil”.

– “Os negros (pretos e pardos) são a maioria da população brasileira, representando da população”.

– “No entanto a população que forma o grupo 10% mais pobre, com renda média de R$ 130 por pessoa na família, os negros continuam majoritária. O percentual aumentou nos últimos 10 anos. Em 2004, 73,2% dos mais pobres eram negros, patamar que aumentou para 76% em 2014”.

– “Três em cada quatro pessoas que estão na parcela dos 10% mais pobres do país são negras”.

– Não há normalidade nesta situação de negras e negros no Brasil. Não há normalidade na situação de genocídio da juventude negra. A luta pela igualdade de direitos, cidadania completa e pela eliminação do preconceito tem que ser incansável.

Fontes:

Atlas da Violência 2019: http://bit.ly/2KHpeBA

Atlas da Violência 2017: http://bit.ly/347EvDs

IBGE: http://bit.ly/35iX6MU

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