Na terça-feira (18), lembramos os 25 anos de criação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados em uma Sessão Solene no plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados. A comissão permanente, que foi instituída graças a iniciativa do ex-deputado federal do Partido dos Trabalhadores (PT), Nilmário Miranda, “tem sua existência ligada a história de luta em defesa da liberdade, da democracia, contra a tortura, a tirania e a opressão. Luta pelos direitos dos mais pobres, mais fracos e oprimidos”, conforme explica o deputado federal Padre João.
O fundador da Comissão e primeiro presidente, Nilmário Miranda, destaca que “independe de partido político ou ideologia, contamos naquela época com a colaboração, por exemplo, de Luiz Eduardo Magalhães e Inocêncio de Oliveira. Direitos Humanos não é de um partido ou tendência política, é para todos. Ainda mais agora, com os movimentos criminalizados, discursos vazios e a divisão dos cidadãos por classes. Tudo dito e feito por pessoas que representam o Estado”.
Para Dom Jaime Spengler, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, “o reconhecimento dos direitos humanos é reconhecer a dignidade e a base da liberdade e da justiça. Precisamos de coragem e ousadia. Vivemos tempos nebulosos e desafiadores. Precisamos deixar um Brasil melhor para as próximas gerações”.
A sessão foi carregada de emoção e homenagens aos deputados que passaram pela comissão e a pessoas que representam a luta pelos Direitos Humanos no Brasil.
Direitos Humanos em pauta: Padre João reúne-se com alto comissariado da ONU
O almoço daquela terça-feira (18) foi com o tcheco, Jan Jarab, o novo representante na América do Sul do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Em conversa, Padre João colocou pontos sobre a situação alarmante da mineração no Brasil, em especial nas terras mineiras. Falou sobre a questão do uso desenfreado de agrotóxicos, inclusive com liberação e cada vez mais incentivos por parte do governo atual e, ainda, tratou sobre as comunidades quilombolas e indígenas, que precisam de mais proteção, garantia de seus direitos, demarcação de suas terras para preservação das etnias, suas culturas, tradições e religiosidade.
Com informações da Comissão de Direitos Humanos e Minorias/ Pedro Calvi