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Graças a PL de Padre João, duas doenças raras poderão ter Dia Nacional de Conscientização

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado aprovou na última terça-feira (10) o Projeto de Lei (PL) 6.550/2019, que cria o Dia Nacional de Conscientização sobre a Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN) e o Dia Nacional de Conscientização sobre Síndrome Hemolítico-Urêmica atípica (SHUa). As duas doenças são raras, adquiridas ou crônicas e podem levar à morte. O projeto segue agora para votação em Plenário.

 

Autor do Projeto de Lei, o deputado federal Padre João (PT-MG) explica que a HPN, a ser lembrada anualmente no dia 26 de fevereiro, é uma doença que pode atingir pessoas em qualquer faixa etária, com sintomas imprevisíveis e muitas vezes semelhantes aos de outras doenças. “Caso não seja tratada, a HPN pode resultar em graves problemas de saúde”. Já a SHUa, que terá o dia 24 de setembro para conscientização, “é uma doença que provoca uma coagulação do sangue por todo o corpo, causando danos irreversíveis aos rins e outros órgãos, compromete o sistema neurológico, cardíaco e respiratório do portador, além de provocar insuficiência renal aguda”, diz Padre João.

 

Em seu requerimento, Padre João ainda esclarece: “Temos que refletir sobre essa questão diariamente. A escolha do dia para a conscientização da SHUa, consiste em 24 de setembro. Já a data comemorativa para conscientização de HPN, se dá em homenagem à falecida Margareth Maria Araújo Mendes, uma vez que, seu óbito ocorreu em 26 de fevereiro de 2018, por falta dos medicamentos em tempo hábil. Ela teve a infelicidade de sofrer uma alteração genética que poderia acontecer com qualquer um de nós, mas, teve a felicidade, como poucos, de sentir dentro de si o chamado para ajudar as pessoas que hoje têm e as que um dia poderão ter a Hemoglobinúria Paroxística Noturna”.

 

Doenças Raras

As doenças raras são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas e variam não só de doença para doença, mas, também, de pessoa para pessoa acometida pela mesma condição.

 

O conceito de Doença Rara (DR), segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a doença que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 para cada 2 mil pessoas. Na União Europeia, por exemplo, estima-se que 24 a 36 milhões de pessoas têm doenças raras. No Brasil há estimados 13 milhões de pessoas com doenças raras, segundo pesquisa da Interfarma.

 

Existem de seis a oito mil tipos de doenças raras, em que 30% dos pacientes morrem antes dos cinco anos de idade; 75% delas afetam crianças e 80% têm origem genética. Algumas dessas doenças se manifestam a partir de infecções bacterianas ou causas virais, alérgicas e ambientais, ou são degenerativas e proliferativas.

 

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente existem no Brasil cerca de 240 serviços que oferecem ações de assistência e diagnóstico. No entanto, por se tratarem de doenças raras, muitas vezes elas são diagnosticadas tardiamente. Além disso, os pacientes geralmente encontram dificuldades no acesso ao tratamento.

 

Principais características

As doenças raras geralmente são crônicas, progressivas, degenerativas e muitas vezes com risco de morte.

Não existe uma cura eficaz existente, mas há medicamentos para tratar os sintomas.

As doenças órfãs alteram diretamente a qualidade de vida da pessoa e, muitas vezes, o paciente perde a autonomia para realizar suas atividades. Por isso, causam muita dor e sofrimento, tanto para o portador da doença quanto para os familiares.

 

Fonte: Agência Senado/ Ministério da Saúde

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