Celebramos, nesta sexta-feira, dia 08, 27 anos de ordenação sacerdotal. Quero reportar aqui o meu agradecimento a todas as pessoas pelas mensagens e orações. Todos vocês fazem parte de minha vida e suas amizades e carinhos me fazem muito bem. Peço a Deus para ser bom com todos, na expressão do serviço.
Obrigado pela homenagem recebida na celebração, que aconteceu no salão de nosso escritório, com a participação de muitas lideranças, membros da assessoria e colegas padres, de modo presencial e virtual, preparada com zelo pela nossa equipe de trabalho.
Momento que nos levou à meditação, a partir da reflexão de Geraldo Macedo, quando nos faz recordar o significado da missa, tendo como base a mesa da palavra e a mesa do pão e do vinho. A trajetória de Jesus que durante a sua vida nos ensinou que, para celebrarmos a Eucaristia, devemos primeiro viver a Palavra no cuidado com as pessoas e suas necessidades: cuidar dos doentes, das crianças, dos famintos, dos presos, partilhar o pão com os famintos, devolver a dignidade às mulheres, a exemplo da hemorroíssa que, há 38 anos, vivia excluída por uma hemorragia interna. Ser, com Jesus, caminho que aponte esperança aos desalentos, verdade nas atitudes e nas ações, garantia de vida em abundância para todos.
Viver o sacerdócio, continua Macedo, é assumir a missão de Jesus, luta pela transformação da vida das pessoas com trabalho, terra e pão. Antes da instituição da Eucaristia, na transubstanciação do pão e do vinho, em corpo e sangue do Jesus, precisamos assumir a atitude do bom samaritano que deixou de ir ao templo sagrado para cuidar daquele que estava às margens da estrada, excluído, ferido e machucado por um sistema injusto e corrupto. Para aproximarmos com dignidade da Eucaristia, ápice da fé cristã, antes devemos vivenciar a mesa, a palavra, lavarmos os pés de nossos semelhantes com o gesto de amor e fé pois este nosso irmão sofredor é Jesus, que padece pelas mazelas do mundo.
Este é o nosso desafio, nesta missão política que abraçamos, entendendo ser a Igreja em Saída, como nos alertou Dilson Alve: ser profeta além do altar e das quatro paredes da igreja para propiciar a todos, a partir dos mais pobres, a vida e vida com dignidade, seguindo os propósitos do Papa Francisco quando nos chama a atenção para a Igreja em saída. Nesta linha, coloca Leleco Pimentel: “Pode ser, para alguns, vaidade ou vida cômoda, exercer o sacerdócio nesta amplitude da vida política, quando na verdade não o é. A postura de quem vive a proposta do Evangelho, em defesa dos direitos e do lado dos mais pobres, não é para obter na terra regalias. É optar pelo sofrimento e perseguição porque mexe com os interesses dos grandes e estruturas políticas e sociais”, conclui o companheiro e amigo Leleco.
Frei Gilvander nos ajudou na reflexão da leitura do Evangelho de Lucas. 5,1-7, quando Jesus ordena aos seus discípulos a lançar as redes em águas mais profundas, com base na proposta do Papa Francisco. Sair das mesmices para sermos sinais proféticos em outras searas, fora das quatro paredes da igreja, mas nas organizações do povo nos sindicatos, movimentos populares e sociais.
Fiquei muito feliz com as reflexões o que nos faz aumentar a responsabilidade. Tantas outras mensagens, inúmeras pronunciadas pelas redes sociais, aqui em nome da amiga Virgínia, Sônia da coordenação do MAB, professor Levon, os padres: Ângelo, Marcelo Santiago, Geraldo Martins, Geraldo e Paulinho Barbosa, quero agradecer a todos que, de um jeito ou de outro, se manifestaram com suas mensagens, rezando junto e nos fazendo refletir mais. A nossa eterna gratidão.