Há pouco mais de um mês do crime de um dos crimes de maior proporção humana do Brasil, o caso do crime da Vale em Brumadinho ainda está envolto em um emaranhado de nuances e os desdobramentos do caso está longe de chegar ao fim. Mesmo com diversas discussões em torno do caso, em Brasília, na Câmara dos Deputados; em Minas, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nos municípios atingidos e em expedições realizadas pelo estado e por parte do Ministério Público, as ações para descobrir e punir os responsáveis pelo crime não ultrapassa o mundo das ideias.

É sabido que a vale se considera a “jóia brasileira”, portanto inimputável pelos atos causados por suas ações minerárias em nosso Estado. Para manter seu status, usa de sua influência para difundir informações positivas ao seu respeito e esmera-se em “mostrar empenho” e solidariedade às vítimas de seus crimes.

“A nossa luta por direitos e por justiça não cessa, estamos na luta, cobrando e denunciando as atrocidades desta empresa, que coage e ameaça trabalhadores, moradores e atingidos por sua lama de minério”, diz Padre João. O parlamentar já entrou com pedido a Procuradoria Geral da República (PGR) para que exista uma ação de intervenção junto a administração da empresa, para que a mesma pague o que deve, inclusive no que tange às indenizações às vítimas de Bento Rodrigues, em Mariana, caso que ultrapassou três anos.

Além disso, Padre João repudia atropelo de licença para mineração na Serra da Piedade, patrimônio histórico de Minas Gerais, local onde está localizada a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, padroeira do Estado. Padre João continua pedindo informações, estudos, descomissionamento das barragens ativas e a intervenção na Vale por parte de Ministério Público.

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