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Camponeses fazem greve de fome contra a Reforma da Previdência

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Nessa terça-feira, 12, o deputado federal Padre João manifestou solidariedade aos camponeses que, em repúdio à Reforma da Previdência, permanecem há nove dias em greve de fome na Câmara dos Deputados. Proposta pelo governo golpista de Michel Temer, a PEC 287, que põe fim à aposentadoria, pode ser votada a qualquer momento. Além do frei Sérgio Görgen, frade franciscano; Josi Costa e Leila Denise, membros do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA); somam-se à greve de fome Simoneide de Jesus do MPA, Rosângela Piovizani e Rosa Jobi do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC). De acordo com o frei, “a greve de fome significa que alguns passarão fome por alguns dias para evitar que muitos passem fome uma vida inteira”.

 

Durante a visita, Padre João transmitiu ao vivo pelas redes sociais o ato de repúdio contra o desmonte da Previdência. “A greve de fome que esses companheiros estão fazendo é um gesto extremo e desafiador. Nosso organismo já reclama quando ficamos três horas sem comer. Imagina ficar vários dias! Não é fácil. Sabemos que eles fazem isso em favor de todos os trabalhadores e trabalhadoras que poderão ficar sem se aposentar, caso a reforma seja aprovada. Que esse gesto sensibilize os deputados a votarem contra a PEC 287”, ponderou.

 

CNBB também manifesta solidariedade

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Sérgio da Rocha, também prestou solidariedade aos camponeses em greve de fome na Câmara dos Deputados em protesto à Reforma da Previdência. Antes de visitar os manifestantes na casa legislativa, o cardeal se reuniu com representantes de movimentos populares envolvidos nas mobilizações contra o desmonte da aposentadoria. Durante a reunião ele enfatizou o papel da Igreja diante da perda de direitos.

 

“O que a Igreja tem feito: o anúncio profético de sempre recordar as exigências da justiça social, da caridade e da paz. Que nas iniciativas que são tomadas tenhamos sempre assegurado o direito dos mais pobres, dos mais vulneráveis, porque se a Igreja não ajudar, não estiver junto desses irmãos e irmãs, estaremos deixando de cumprir a nossa missão”, disse Dom Sérgio.

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