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Comissão Externa de Barragem se reuniu em Brumadinho

 

A Comissão Externa da Câmara dos deputados, instituída para acompanhar e fiscalizar as ações sobre o crime da Vale com o rompimento da barragem no Córrego do Feijão se reuniu na Câmara Municipal de Brumadinho, nesta sexta-feira, 08/02, para ouvir moradores e ver de perto a extensão dos danos causados.

Padre João faz parte do colegiado e lamentou o que ocorreu em Brumadinho. “Eu não esperava ver isto de novo. O que aconteceu em Mariana foi terrível. Estive lá logo após o crime. Tudo destruído. A Vale não aprende. Continua matando famílias, comunidades inteiras e destruindo o meio ambiente,” desabafou.

Os trabalhos da Comissão vão continuar dentro da Câmara e fora dela. Padre João lembrou ainda que além da Comissão está propondo uma CPI Mista, que envolve Câmara e Senado, para apurar os crimes e possíveis fraudes que envolvem licenciamento ambiental e laudos sobre segurança de barragens.

Segundo Padre João é preciso superar este modelo de extração de minério. “Existem novas tecnologias muito mais seguras para depósito de rejeito. Precisamos investir em processos de purificação do minério a seco, sem uso de água. Nossos recursos hídricos estão sendo contaminados e sumindo com esta atividade. Estamos armando bombas cada vez mais potentes com lama de rejeito. Temos que parar com isto,” afirmou.

Para se ter uma ideia, os três minerodutos da Samarco captam 4.400m³ por hora para bombear o minério até o porto, no Estado do Espírito Santo. O custo para transportar o minério via trem custa 18 dólares a tonelada, por mineroduto, custa 2 dólares. Daí nasce o apetite para a construção de novos minerodutos em MG. Até quando a natureza vai suportar esta ganância?

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