O assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), causou indignação e gerou protestos em várias cidades brasileiras. O motorista da vereadora, Anderson Pedro Gomes, também foi executado a tiros quando ambos saíam de um evento no centro do Rio. Marielle lutava pelas causas sociais, contra o genocídio de negros, pelos direitos humanos e em favor das mulheres. Defensor de causas semelhantes, o deputado federal Padre João manifesta repúdio pelas mortes e se solidariza aos familiares e amigos.
“A morte da Marielle sinaliza um grave problema em nossa sociedade: lideranças que lutam por causas sociais e denunciam abusos de autoridade de vários setores estão sendo executadas com frieza e crueldade. Estamos vivendo tempos sombrios e não podemos nos deixar intimidar. Que o assassinato desta grande militante nos impulse continuar na luta por uma sociedade justa, fraterna e igualitária. Calaram uma voz, mas seu legado e suas lutas ecoam Brasil afora. A luta continua”, enfatiza Padre João.
Eleita com 46,5 mil votos, a quinta maior votação para vereadora nas eleições de 2016, Marielle Franco estava no primeiro mandato como parlamentar. Oriunda da favela da Maré, zona norte do Rio, ela tinha 38 anos, era socióloga, com mestrado em Administração Pública.
Confira a nota da Bancada do PT da Câmara dos Deputados sobre os assassinatos:
Nota da Bancada do PT
A Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara manifesta profundo pesar pela morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), e do motorista que a acompanhava, Anderson Gomes, ambos assassinados na noite desta quarta-feira, 14, na cidade do Rio de Janeiro .
Marielle foi executada no momento em que vinha denunciando os abusos de autoridade e a violência contra moradores das favelas e bairros pobres da cidade, por parte de integrantes de um batalhão da Polícia Militar.
Militante dos direitos humanos e ardorosa defensora da igualdade social, Marielle deixa um exemplo para aqueles que lutam por um Brasil mais justo, solidário e desenvolvido.
As circunstâncias em que o crime ocorreu ainda são nebulosas, e a Bancada do PT alia-se a todas as forças democráticas que exigem neste momento uma rápida e rigorosa apuração do crime pelas autoridades da área de segurança.
À família de ambos e aos companheiros do PSOL expressamos nossas sinceras condolências e solidariedade neste momento de dor.
Brasília, 14 de março de 2018
Paulo Pimenta (PT-RS), líder do partido na Câmara dos Deputados