O deputado federal Padre João esteve presente na Câmara Municipal de Ouro Branco, no último dia 25 de abril, a convite da vereadora Nilma Aparecida Silva, do Partido dos Trabalhadores, para discutir com a população a Reforma da Previdência, contida na Proposta de Emenda à Constituição – PEC 6/2019, de autoria do poder executivo federal.
“A iniciativa da vereadora Nilma reflete sua preocupação com os rumos do país adotado pelo atual ocupante do Palácio do Planalto. O desemprego cresce e o governo só pensa em arrocho salarial, cortes de gastos e retirada de direitos da classe trabalhadora e dos mais pobres. A reforma da Previdência tem sido apresentada como salvação para país, o que não é verdade”, afirma o deputado federal Padre João.
Desde 2016, quando deram o golpe e tiraram Dilma Rousseff, violando a Constituição, a democracia e o voto soberano e popular, os golpistas vêm a cada dia mergulhando o país na miséria, na fome, na violência e no desemprego. A cada dia lançam mão de mentiras para desmontar as políticas públicas, cortar gastos e entregar o país aos estrangeiros.
O discurso era assim: é preciso tirar o PT para o país melhorar. Tiraram o PT e o país continuou estagnado. Não! É preciso cortar os gastos públicos em saúde, educação e assistência social para sobrar dinheiro para investimentos e gerar empregos. Aprovaram a PEC do Teto dos gastos, congelando os investimentos em saúde e educação por vinte anos. O país continuou parado. É preciso fazer a reforma trabalhista, para gerar 7 milhões de empregos. Acabaram com a CLT e os sindicatos. A reforma foi feita e os empregos não apareceram. É preciso privatizar. Venderam a Embraer, o Pré-Sal, a Petrobrás e o desemprego só aumenta. Agora usam o discurso de que a Previdência está quebrada e consome todo dinheiro do país. É preciso reformar a Previdência e tirar 1,1 trilhão dos trabalhadores e dos pobres para dar para os ricos. É mais uma mentira para roubar os direitos dos trabalhadores.
Padre João esclareceu as dúvidas dos presentes e alertou que se esta reforma passar vai levar o país ao caos. Em mais da metade dos municípios de Minas os recursos que circulam nas cidades são maiores do que aqueles repassados através de impostos, do Fundo de Participação dos Municípios – FPM. Coisas maldosas que estão escondidas na reforma: desconstitucionalização, capitalização, desvinculação do benefício do salário mínimo e reajuste do benefício.
Padre João classifica a reforma como machista e perversa. “As mulheres são atacadas nesta reforma. Para a trabalhadora rural, as professoras e a viúva, a idade vai ser aumentada e o valor do benefício vai ser reduzido. A mulher idosa também foi atacada. O benefício de prestação continuada que atualmente é de um salário mínimo depois do 65 anos, a idade sobe para 70 anos. Entre 60 e 70 anos, o idosa(o) vai receber apenas 400 reais. Eu voto contra esta reforma. É preciso que você pressione também o seu deputado para votar contra. Só assim que vamos barrar esta atrocidade,” afirmou Padre João.
