O deputado federal Padre João (PT-MG) traçou no plenário da Câmara nessa terça-feira, 10, os limites que distanciam o ex-presidente Lula e o juiz Sérgio Moro no legado que cada um deixará ao Brasil. “Se existe alguém que contribuiu com este País e com a América Latina é Lula, e se existe alguém que vem destruindo o nosso País, encabeçando um projeto entreguista, é o Moro”, diferenciou.
Segundo o deputado, Lula carrega em sua biografia o reconhecimento de fato inegável e incontestável, que foi ter sido o líder que mais promoveu a justiça social no Brasil, condenando desigualdades sociais e garantindo a cada brasileiro – negro, índio, pobre, do campo ou da cidade – uma vida digna. “Era sonho do Lula que cada brasileiro tivesse três refeições. E ele deu muito mais do que três refeições. Ele deu universidade, energia elétrica, instituto federal, garantiu tudo”, explicou.
Padre João lembrou ainda que, enquanto Lula verdadeiramente garantiu justiça, o Poder Judiciário tem desestruturado o Brasil. “A elite brasileira é ingrata porque, no Governo Lula, ganhou muito. Esse é o diferencial de um projeto democrático e popular, porque, quando distribuiu renda para os pobres, os vendedores de material de construção ganharam muito dinheiro, os dentistas ganharam muito dinheiro. Todos ganharam porque teve um programa encabeçado pelo Lula que garantiu justiça distributiva, justiça social”, ressaltou.
Diferentemente dos períodos em que Lula governou, o Brasil vive hoje – de acordo com Padre João – uma realidade que é testemunhada pela elite que bateu panela e aplaudiu o pato amarelo. “Eles sabem que hoje os seus comércios estão esvaziados, as clínicas de dentistas estão mais esvaziadas, porque o projeto que está em curso agora, do PSDB e do MDB, é de concentração de renda para os grandes, para as multinacionais – e os grandes concentram, os grandes não distribuem”, protestou.
Omissão
O parlamentar também não poupou críticas à parte do Judiciário que se omite diante das arbitrariedades de Sérgio Moro. “Quando há um desvio de um juiz, cabe ao presidente do Conselho Nacional de Justiça, que hoje é a Cármen Lúcia, corrigir. E ela é covarde, omissa, apoia e vai na linha de atropelar, inclusive, a Constituição. O que deveria fazer era contribuir para que os juízes respeitem, julguem e tomem decisões embasadas na Constituição. A própria presidente do STF, Cármen Lúcia, e, consequentemente, presidente do Conselho Nacional de Justiça, tem tido um papel pior do que o de Pilatos”, classificou.
Fonte: PT na Câmara.