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No Dia da Consciência Negra, Padre João critica massacre da população negra no país

O último dia 20 foi celebrado o Dia da Consciência Negra, data da morte de Zumbi dos Palmares, liderança do Quilombo dos Palmares, para simbolizar a luta do negro contra a escravidão. Para relembrar a importância da data, parlamentares da Bancada do Partido dos Trabalhadores se revezaram na última terça-feira e destacaram as injustiças raciais existentes do país.

 

O deputado federal Padre João lamentou e denunciou o despejo determinado pelo judiciário das famílias do Quilombo do Campo Grande, no município Campo do Meio – antiga Fazenda Ariadnópolis, no sul de Minas Gerais. “Naquele quilombo, há mais de 20 anos, o povo vem produzindo muito café de primeira qualidade e também milho”. Ele citou que há um decreto sobre o interesse social do governador mineiro, Fernando Pimentel, que também se manifesta acerca da importância de se garantir dignidade e acesso a todos os serviços para as 450 famílias do quilombo. “E agora o Poder Judiciário vem, de forma arbitrária, autoritária, despejar essas famílias”, criticou.

 

Padre João disse ainda que o Dia da Consciência Negra é a oportunidade para se mostrar as mazelas que ainda existem em nossa sociedade, como o racismo e a falta de respeito para com a pessoa humana. Ele lembrou que, segundo IBGE, 53% da população brasileira é negra; da população brasileira analfabeta, 68% é negra. Entre os que estão na extrema pobreza — todos os brasileiros somados que estão na extrema pobreza – 70% são negros. “E por último, o que é muito triste — não que estes outros dados não sejam -, a cada 12 minutos, é assassinado um negro neste País. Isto é mais do que as guerras!”, comparou.

 

O parlamentar reconhece que, às vezes, se destaca quando uma liderança negra é assassinada, mas, enfatizou que nos morros, no interior, isto é frequente. “Há o extermínio, sobretudo, da juventude negra. Às vezes, basta ser negro para ser colocado como suspeito. Isto é uma coisa absurda – tanto racismo, tanta discriminação em relação ao povo negro”, finalizou.

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