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Nota FPSAN sobre fala presidente e ministro economia

Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional – FPSAN

Nota FPSAN sobre falas do Presidente Bolsonaro e do Ministro da Economia, Paulo Guedes

Recentemente, o Bolsonaro afirmou que o aumento dos combustíveis é uma questão de impostos, sobretudo o ICMS, e que o preço “está barato”. Em relação aos alimentos e armas disse a população que “comprem fuzil ao invés de feijão”. O Ministro da Economia, por sua vez, em relação ao aumento de energia elétrica, disse: “e daí?”. Quando o assunto é o auxílio emergencial, afirma que parte da população usou para investir em suas casas.

Todas essas declarações são lamentáveis e nos revelam como o Governo Bolsonaro enxerga o povo brasileiro, com desprezo. Além disso, expõem a incompetência destes governantes.

A cabeça deve pensar onde os pés pisam, mas Bolsonaro e Guedes deixam claro que não conhecem o país que governam.

Uma nação em profunda crise, desemprego, desalento, fome, milhões na miséria, milhões em luto, milhares de órfãos e viúvas. O sentimento é de grande tristeza.

O Estado tem o dever de atender, principalmente, os mais necessitados, mas infelizmente não é isso que ocorre neste momento da história.

É uma blasfêmia dizer que o povo que mal consegue comprar comida está usando o auxílio para investir em suas casas. Atualmente, o valor do auxílio é similar ao preço do botijão de gás, impossibilitando até a compra do alimento. Infelizmente, alguns, inclusive das próprias forças armadas, usurparam o auxílio para contemplar suas regalias, roubando o povo brasileiro. Enquanto isso, outros roem ossos em busca de saciedade.

A energia elétrica dispara, a renda mensal do trabalhador sofre perdas e o ministro Paulo Guedes zomba e humilha a classe pobre do Brasil.

Foi criada uma cortina de fumaça em torno dos impostos dos combustíveis. O fato é que com a politica de preços adotada pela Petrobras, que leva em consideração o preço internacional do petróleo, câmbio, instabilidade politica, privatizações, mesmo se houvesse a redução de impostos, seria questão de tempo para que os valores alcançassem os patamares atuais. No Brasil, a livre concorrência e o mercado atuam ao contrário do que pregam a política neoliberal, regulam para cima os preços. E essa politica afeta diretamente a vida de todos e todas deste país, tudo fica mais caro, atingindo diretamente a segurança alimentar da população.

Sobre armas e alimentos, destacamos a insanidade de tal fala. Comparar algo que nutre com um objeto que serve para matar é inconcebível.

A politica tem que estar a favor do povo, poderíamos estar numa situação melhor, com mais políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional, menos miseráveis e famintos, menos mortes.

Enquanto presidente da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional (FPSAN), faço um apelo aos demais parlamentares do congresso brasileiro: não sejam cúmplices dessa tragédia que o executivo do país é o responsável, temos que atuar para superar esse desgoverno, as mazelas da fome e da miséria. Garantir segurança alimentar é o mínimo para assegurarmos dignidade ao povo brasileiro.

Enquanto presidente da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional (FPSAN), faço um apelo aos demais parlamentares do congresso brasileiro: não sejam cúmplices dessa tragédia que o executivo do país é o responsável, temos que atuar para superar esse desgoverno, as mazelas da fome e da miséria. Garantir segurança alimentar é o mínimo para assegurarmos dignidade ao povo brasileiro.

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