O deputado federal Padre João, mais uma vez, subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para denunciar o descaso e prejuízos que a VIA 040, do grupo Invepar, empresa que administra a concessão da BR entre Brasília a Juiz de Fora tem provocado aos usuários.
Pelo contrato, todo trecho deveria ser duplicado até 2017. Já estamos praticamente em 2019 e até agora somente 58km, dos 936, foram duplicados. O jogo de empurra-empurra parece ser é um álibi. A Via 040 diz que não fez as obras porque não tem licença ambiental. O Ibama desmente e diz que já expediu todas a licenças, conforme relato em audiência pública, requerida por Padre João para discutir o assunto na Câmara dos Deputados em abril de 2018. A Via 040 não compareceu à audiência e nem sequer deu explicações.
Padre João lembrou que não foi construída nenhuma passarela para pedestre nas cidades e povoados cortados pela BR. Nenhuma alça de acesso, nenhum elevado, nenhuma trincheira e nem mesmo rotatória em cruzamentos para facilitar o acesso e dar mais segurança aos usuários e comunidades. Somente no trecho entre Conselheiro Lafaiete e Congonhas existem cinco viadutos e duas pontes. Todos estrangulados, com pista única. Somente um foi duplicado, o mais barato. O trecho duplicado também, além de pequeno, é o de menor custo, devido a topografia.
Segundo o parlamentar, no trecho entre BH, sentido Congonhas, Lafaiete e Barbacena está sendo feita uma obra de contenção no Km 592, próximo ao antigo viaduto das almas. O trânsito está limitado a uma pista em cada sentido, provocando transtornos para os usuários. O gargalo tem provocado congestionamentos quilométricos a qualquer aumento do fluxo de veículos como nos fins de semana. Em feriados prolongados virou uma tortura passar pelo trecho. Há mais de um ano os usuários enfrentam estes problemas com a lentidão da obra. A obra parece não ter fim.
São onze praças de pedágios instaladas no trecho entre Brasília e Juiz de Fora funcionando desde 2014. “O que estamos vendo é uma falta de respeito para com o usuário. O pedágio é reajustado anualmente, cobrado dia e noite, mas os serviços não aparecem. Com o período de chuvas, apareceram os buracos. Estamos cobrando do Tribunal de Contas da União – TCU, da ANTT e do Ministério Público Federal apuração rigorosa sobre esta situação. É uma falta de respeito. Os acidentes têm aumentado assustadoramente, provocando mortes, mutilações e prejuízos econômicos. Isto não pode continuar assim.” finalizou o deputado.