A pedido do Padre João, a Comissão de Minas e Energia da Câmara realizou audiência pública com a presença do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que foi questionado sobre temas como política de preços dos combustíveis no Brasil e sobre a possibilidade de privatização de empresas controladas pela estatal do petróleo.

O dirigente defendeu a venda de refinarias, entre outros ativos da petroleira, e foi duramente criticado pelo deputado mineiro. Segundo Padre João, o que o governo Bolsonaro está fazendo é um verdadeiro “desmonte” do estado brasileiro, numa clara estratégia de submissão aos interesses financeiros internacionais.

Padre João disse que enquanto as grandes petrolíferas do mundo procuram diversificar suas atividades se tornando mais fortes e competitivas, “o governo Bolsonaro está vendendo ativos da empresa sem necessidade e cortando investimentos estratégicos, o que compromete a Petrobras e a soberania do Brasil”. Ele disse ainda que a venda das refinarias e da BR Distribuidora, por exemplo, vai vulnerabilizar e expor toda a cadeia produtiva brasileira, que ficará refém das empresas estrangeiras, muitas das quais estatais de seus países, que já estão se preparando para entrar no setor petroleiro no Brasil.