Com o tema “Educação e Saberes Populares – Promover a diversidade cultural é valorizar e empoderar o povo negro”, o deputado federal Padre João participou do 11º Fórum pela Promoção da Igualdade Racial (FOPPIR), na última sexta-feira, 17, em Cataguases, região da Zona da Mata. O evento, referência em Minas Gerais na luta pela igualdade racial, é organizado por diversas entidades, grupos e movimentos sociais que integram o Fórum Mineiro de Entidades Negras (FOMENE). E tem como objetivo discutir políticas públicas nas diversas áreas como educação, saúde, cultura, juventude, mulher, comunidades quilombolas, economia solidária, entre outras, com o olhar voltado para as ações que promovam a igualdade racial.
Comprometido com o Movimento Negro e defensor das minorias, o deputado federal Padre João demonstrou preocupação com a marginalização dos movimentos populares, fruto das posturas implantadas pelo governo no país pós-golpe. “As políticas adotadas pelo presidente ilegítimo Michel Temer nos causa preocupação. Está previsto corte de 98% no orçamento para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Além desse desmonte, a pasta Promoção da Igualdade Racial e Combate ao Racismo sofrerá corte de 100% no orçamento em 2018, ou seja, não haverá nem 1 centavo de investimento do governo federal nesses programas. Os golpistas querem manter os negros e demais movimentos populares à margem da sociedade, distantes da cidadania”, enfatizou.
Essa edição do FOPPIR, conforme revela José Weber Pereira, responsável pela divulgação do evento, tem como objetivo discutir políticas públicas e questões relacionadas à igualdade racial, além da cultura afro-brasileira. “Conseguimos envolver mais de vinte e sete entidades do Movimento Negro que trabalham as questões raciais nos seus municípios para este encontro”, conta. Ele informou ainda que durante o Fórum foi discutido saúde, juventude, educação, mulher, entre outros temas. Foram promovidas oficinas práticas de tambores, dança e penteados afros.
Hino à negritude
Em Minas Gerais foi sancionada em 2008 a Lei 17.626 que oficializa o Hino à Negritude no estado. A lei é fruto de projeto de iniciativa do então deputado estadual Padre João e a letra e melodia são de autoria do professor Eduardo Ferreira de Oliveira. Eduardo era poeta, escritor, jornalista e um grande militante do movimento negro. Foi o primeiro vereador negro de São Paulo e faleceu em 2012.