Em Genebra, na Suíça, a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, ao ser questionada sobre direitos humanos e democracia no Brasil, falou que “nos últimos meses, observou uma redução do espaço cívico e democrático, caracterizado por ataques contra defensores dos direitos humanos, restrições ao trabalho da sociedade civil e ataques a instituições de ensino”. O então presidente, Jair Bolsonaro, no dia seguinte, em frente ao Palácio da Alvorada, proferiu discurso atacando à comissária das Nações Unidas para direitos humanos.
Bolsonaro mencionou o pai de Michelle Bachelet, morto na ditadura chilena: “Está acusando que não estou punindo policiais que estão matando muita gente no Brasil. Essa é a acusação dela. Ela está defendendo direitos humanos de vagabundos. Ela critica dizendo que o Brasil está perdendo seu espaço democrático. Senhora Michelle Bachelet, se não fosse o pessoal do Pinochet derrotar a esquerda em 73, entre eles seu pai, hoje o Chile seria uma Cuba. Eu acho que não preciso falar mais nada para ela”, disse Bolsonaro.
A prática de atacar autoridades internacionais e nacionais tem se tornado um hábito do governo Bolsonaro, principalmente com relação a ser favorável à tortura, como é o caso agora de Michele Bachelet, como foi, também, em relação ao pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz. Bolsonaro, ao tentar ferir o Felipe, disse que sabia como o pai dele morreu.
Em discurso no plenário da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (4), o deputado federal Padre João denunciou as atrocidades deste governo e seu constante ataque as autoridades e lideranças mundiais, gerando mal estar para os brasileiros pelo mundo.
“O Brasil tem virado notícia pelo mundo e de forma negativa. É uma coisa absurda o que este presidente vem fazendo. Atacando, criticando e trazendo vergonha ao nosso povo”, disse Padre João, que finalizou: “Não é a primeira vez que Bolsonaro faz apologia à tortura. Isso tem que parar”, finalizou.