O Brasil saiu mais uma vez às ruas, neste 30 de maio, para protestar contra os cortes no orçamento da educação e contra a Reforma da Previdência. As manifestações ocorreram em mais de 136 cidades em todos os estados e no Distrito Federal, reunindo mais de um milhão de pessoas contra a destruição da Educação Pública.

O Governo cortou mais de 30% do orçamento da Educação Pública, atingindo em cheio as universidades, escolas técnicas e também o Ensino Básico e Fundamental em todo país. Depois de muita pressão, diante da manifestação do dia 15 de maio, o governo recuou e disse que iria suspender o corte. Mais uma vez, usou de esperteza e manobras, enganando a sociedade, os estudantes e professores. O governo repôs somente o corte de 1,6 bilhão que havia feito às escondidas, sem publicidade, como tentativa de esvaziar os protestos, mas manteve o corte de 5,8 bilhões.

Este corte pode paralisar as universidades públicas, as áreas de pesquisa, os hospitais universitários, as bolsas, o transporte escolar dos municípios e até a merenda. É o maior ataque à Educação Pública e à liberdade de pensamento, com ameaça de policiamento nas unidades de ensino. O intuito é privatizar o sistema. Entregar tudo para a iniciativa privada, oferecendo mais um mercado para os capitalistas.

“Este governo é inimigo da Educação. Está promovendo o maior desmonte das Políticas de Ensino do país. É arrogante e autoritário a ponto de chamar os estudantes de imbecis e idiotas. Nesta segunda manifestação, passou a bola para o ministro da Educação desqualificar os protestos e intimidar, mais uma vez, alunos e professores. Não vamos ficar calados. Defendemos a Educação Pública de qualidade para todos. Não à privatização do Ensino. O Brasil está acordando do pesadelo que se iniciou em 2016 com o golpe,” afirma Padre João.